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Celorico de Basto celebrou os 200 anos do nascimento de Camilo Castelo Branco

A apresentação da obra “Celorico de Basto na Geografia Camiliana, Percurso Literário -Turístico pelo concelho”, foi o momento maior das celebrações, uma obra organizada pelo escritor celoricense Francisco Sousa e Cunha que retrata, com recurso a duas novelas do Minho, um romance e um conto os locais por onde Camilo Castelo Branco passou na sua cruzada da vida.

As celebrações, promovidas pelo Município de Celorico de Basto, procuraram destacar o escritor que é, para muitos, o mestre da prosa que influenciou a literatura Portuguesa. “E que merece ser lembrado, perpetuado e incutido na leitura dos jovens e da comunidade em geral. Camilo Castelo Branco é das referências maiores da literatura portuguesa e, na sua cruzada de vida passou pelas Terras de Basto com referências claras em muitas das suas obras, referências essas que nos acrescentam e que nos projetam para o olhar atento do leitor. E são essas referências que o nosso escritor, Francisco Sousa e Cunha quis passar para a obra apresentada, obra de Camilo com o cunho pessoal do nosso autor” disse o Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, durante as celebrações.

Uma obra que é Camilo como diz o organizador/autor Francisco Sousa e Cunha, “o livro é de Camilo, é Camilo”. Diz o autor que em 1979 veio dar aulas para Celorico de Basto, “sou de filosofia e estava no último ano da licenciatura, havia muitos concursos, concorri para a minha terra, e aqui vim parar. Dei português aos alunos da noite, e em preparação para fazer o 5º ano, tinham que ler a obra Maria Moisés, uma novela interminável, onde pela primeira vez, vi uma referência a Celorico, à freguesia de Ribas, nunca mais deixei de ler Camilo, e toda a obra que agora está a ser apresentada e que o Dr. Manuel Oliveira chama de garimpo, visa garimpar as obras de Camilo. Ou seja, extrair delas as referências, quer através de personagens, quer através de referências históricas, acontecimentos, pessoas, lugares, o meu trabalho foi tentar juntar essas referências através das palavras de Camilo, portanto, eu escrevo muito pouco, eu organizo. Uma obra apresentada pela reconhecida escritora Celoricense, Aida Araújo Duarte, que, com o arroja que a caracteriza, deu a conhecer a obra e o autor/organizador da mesma.

A obra, organizada pelo escritor Francisco Sousa e Cunha, conta com o apoio do Município de Celorico de Basto e será distribuída pela comunidade para que “todos tenham acesso ao que foi Camilo por este concelho e pelas Terras de Basto.

A par da apresentação desta obra decorreu um momento também ele marcante nestas celebrações, a análise da vida e obra de Camilo Castelo Branco, por dois especialistas, a professora Universitária Tânia Furtado Moreira e diretor da Casa de Camilo durante mais de três décadas, José Manuel de Oliveira, um momento moderado pela professora do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto, Paula Quintela. Uma análise completa, com uma visão inteira e descritiva sobre a vida “avassaladora” do autor e a obra marcante que “embriaga” quem a lê pela forma tão particular de agarrar o leitor. Segundo o especialistas, Camilo Castelo Branco é uma figura incontornável do século XIX que marcou de forma decisiva a Literatura Portuguesa.

Estas comemorações contaram com a participação dos alunos do Agrupamento de Escolas do 11º ano e dos alunos do 11º ano da Escola Profissional Agrícola Eng Silva Nunes. Contou ainda com a presença do escritor Celoricense Afonso Valente Batista, que encerrou as comemorações e a quem o Presidente da autarquia teceu os mais largos elogios pela forma desprendida como o escritor se associa à cultura local e contribui para a elevar aos patamares ambicionados.

Estas comemorações dos 200 anos de Camilo Castelo Branco contaram ainda com a participação ativa do Centro de Formação de Basto tornando-a numa Ação de Curta Duração. E tiveram a associação da Casa Senhorial do Reguengo que colocou um rótulo alusivo às comemorações dos 200 anos do nascimento de Camilo em 200 garrafas de espumante, velha reserva.