Funcionários do Município visitam aterro sanitário
Funcionários do Município visitam aterro sanitário

Município de Celorico de Basto promove visitas ao aterro sanitário da Resinorte

Sensibilizar para a reciclagem é o objetivo

Funcionários do Município e Presidentes de Juntas presentes na iniciativa

Começou hoje, 20 de outubro, dia de aniversário da Resinorte, a primeira de muitas visitas guiadas ao aterro sanitário localizado na freguesia de Codessoso. Estas ações estão integradas no plano de atividades proposto pelo setor do Ambiente do Município, com o intuito de sensibilizar para a separação dos resíduos.

“A separação de resíduos é uma prática essencial para o desenvolvimento de qualquer sociedade e, infelizmente ainda não está enraizada nos comportamentos das nossas populações” observou o Vereador do Ambiente do Município de Celorico de Basto, Domingos Teixeira. “Mais de metade do lixo que produzimos pode ser reciclado, é possível dar-lhe uma nova vida e com isso diminuir o consumo dos recursos naturais do nosso planeta. Ao mesmo tempo, é uma atitude que a todos beneficia. A separação dos resíduos pelas populações contribui para que o Município tenha uma carga financeira mais reduzida no transporte para aterro o que, sendo feita de forma massiva, contribuirá, no futuro, para a redução da fatura do lixo pago pelas famílias”.

A visita foi orientada pela técnica da Resinorte, Mariana Alves, que nos falou da importância de sensibilizar para a reciclagem, “as pessoas estão habituadas ao seu saquinho de resíduos e acham que não tem mal se não separarem, e quando chegam à Resinorte, ao aterro, ficam estupefactas com a quantidade de resíduos aqui depositados. Se ninguém separar os resíduos vamos encher os aterros rapidamente e não estaremos a proteger o nosso meio ambiente, a separação é uma missão que a todos diz respeito”. O comodismo mostra-se como grande opositor à reciclagem, uma prática que a Resinorte tenta combater, “nós fazemos a separação dos materiais que são passiveis de reciclagem, estamos neste momento a separar do lixo comum, o indiferenciado, a matéria que dá para reciclar e a fração orgânica para fazer composto”.

Durante a visita, os presentes assistiram a todas as etapas da separação do lixo e perceberam o mecanismo de funcionamento de um aterro, um local que salvaguarda a preservação dos solos e das águas subterrâneas. O aterro apresenta características especificas nomeadamente na preservação do solo. De facto, consiste na abertura de uma célula, o buraco, e na impermeabilização do solo, na criação de uma barreira estanque com a colocação de um geocomposto bentonítico, seguindo-se a colocação de uma geomembrana, e depois um geotêxtil para proteção da geomembrana.

Foi ainda sobejamente aconselhada a realização de compostagem caseira ou comunitária como aferiu a técnica do Município responsável pelo Ambiente, Teresa Canais Seco, “a compostagem comunitária é já possível no nosso concelho, estão colocados, nos 4 centros urbanos do Concelho, Celorico, Fermil, Gandarela e Mota, um conjunto de compostores para colocação de resíduos orgânicos, restos de verduras, frutas e outros alimentos, a maneira mais saudável e sustentável de fazer a reciclagem. Quem tiver um quintal pode fazer compostagem doméstica sem recorrer a estes compostores. Quem não souber fazer compostagem pode recorrer ao Município que os técnicos do Município estão disponíveis para dar formação”. E assim evita-se que os resíduos orgânicos sigam para o aterro.

A visita passou ainda por um dos lagos onde é efetivado o sistema de osmose inversa para o tratamento das águas do aterro e culminou com a explicação da energia biogás, que é um combustível, ou seja uma fonte de energia renovável com origem na decomposição de materiais orgânicos.

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