Semana de sensibilização iniciou no dia 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres, uma data marcada com a criação de um cemitério nos jardins da biblioteca municipal Marcelo Rebelo de Sousa, com o objectivo de homenagear as vítimas mortais no âmbito do crime de violência doméstica no ano 2022.
Uma semana de sensibilização promovida pelo Município de Celorico de Basto através do Gabinete Girassol. “É cada vez mais urgente sensibilizar para este crime público, a violência doméstica. É nos jovens que deve centrar-se o foco dessa sensibilização, eles são o futuro e devem estar mais comprometidos com a mudança da realidade que se vive atualmente. Contudo, anda é preciso um trabalho árduo para que entendam claramente o que são comportamento abusivos e que põe em causa a liberdade do outro. Quando se fala em violência doméstica já não existem, felizmente, comportamentos socialmente aceites” aferiu Maria José Marinho, Vereador da ação social do Município de Celorico de Basto. A autarca disse também que “estas campanhas contribuem claramente para a mudança que queremos ver na nossa sociedade, uma mudança onde as relações são um espaço onde a liberdade de cada um, nas mais variadas dimensões, esteja sempre assegurada”.
Ao longo da semana, os jovens do 9º ano, principais visados das ações realizadas assistiram ao teatro fórum, “Recuso ser vítima”, onde foi promovida uma interação entre jovens e a moderadora, na tentativa de desconstruir conceitos e perceber realidades abusivas que acontecem comummente entre muitos jovens namorados.
Os técnicos do Gabinete Girassol, Helena Carvalho e Pedro Moura, estiveram ainda nas salas de aula destes jovens a “falar sobre relações” e a dar-lhes a oportunidade de perceber o que é mito e o que é facto, quando se fala em violência. Ações que permitiram clarificar muitos pensamentos erradamente construídos.
Esta 8ª semana permitiu ainda abordar a violência no idoso, junto dos idosos do Celorico a Mexer. “Para muitos idosos a violência doméstica, os maus tratos, é uma situação cultural que muitos aceitam e validam como natural, seja por questões sociais, económicas ou culturais. Esclarecer que existem entidades que os apoiam, que os ajudam a sair dessas situações, que jamais deverão estar sujeitos a qualquer tipo de violência é a nossa prioridade” disse Helena Carvalho, do Gabinete Girassol de Celorico de Basto.