Hoje, Dia Internacional da Paisagem, lembramos o dia de ontem, um dia inteiramente dedicado à celebração do legado de Ilídio Araújo, notável celoricense que transformou o território e alterou por completo a forma de olhar a paisagem e colocou a arquitetura paisagista no epicentro de todo este reordenamento.
Por entre jardins históricos, apresentação do projeto “Quinta Ciência Viva das Camélias”, inauguração da exposição Ilídio de Araújo, e apresentação do livro “A Arte as Jardinagem nas Terras de Basto”, o dia foi inteiramente dedicado a celebrar a vida e obra do homenageado com o objetivo cada vez mais notório de perpetuar o seu legado.
O anfitrião desta iniciativa, José Peixoto Lima, Presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, marcou presença em todos os momentos deste ato de celebração e destacou o papel fundamental de tão notável “arquiteto paisagista que desenvolveu um trabalho inexcedível, e que muito orgulha Celorico de Basto pelo inigualável legado e pela forma harmoniosa como soube interpretar a arte, o território, a paisagem, o património, e a memória. Falar de Ilídio Araújo é evocar uma figura incontornável no estudo e na valorização da paisagem portuguesa, arquiteto paisagista que se distinguiu pela capacidade de pensar e interpretar a paisagem como expressão cultural, histórica e identitária”.
Esta foi uma organização promovida por diferentes entidades que conjugaram esforços para transformar as celebrações num verdadeiro marco da identidade local. A acompanhar o Município esteve o Observatório de Paisagem da FCUP, a Associação Portuguesa dos Arquitetos Paisagistas e a Associação Portuguesa dos Jardins Históricos.
De forma concreta, emotiva e reflexiva, foi enaltecido o legado do reconhecido arquiteto paisagista, com visões de obras criadas por si e visivelmente presentes no território. Teresa Andresen, Presidente da Associação Portuguesa dos Jardins Históricos deu especial destaque à capacidade de perceber o território, sempre interligado com as particularidades da identidade local, procurando criar com a intenção de preservar e enaltecer cada recanto.
Ficou claro na apresentação do livro “A arte da Jardinagem nas Terras de Basto”, de acordo com as alocações de Jorge Sobrado, Vice- presidente da CCDR-Norte, que Ilídio Araújo era um “pensador e um fazedor, que arrastava em si uma sabedoria e uma inquietude que permitiram interpretar a paisagem com rara profundidade”.
Reconhecendo o papel crucial de Ilídio Araújo na arte dos jardins das Terras de Basto, nomeadamente os jardins de camélias, foi apresentado o projeto “Quinta Ciência Viva das Camélias” que será implementado em Celorico de Basto, mesmo na sede deste concelho em 5 locais específicos, Quinta do Prado, Quinta de S. Silvestre, Quinta de Boques, Horto Municipal e Parque Urbano do Freixieiro. Um projeto de dimensão, valor identitário, valorização do património cultural e natural, e projeção do território.
As homenagens a Ilídio Araújo continuam hoje, na Galeria da Biodiversidade – Centro de Ciência Viva, com a presença da vereadora da cultura do Município de Celorico de Basto, Maria José Marinho.



Conteúdo atualizado em 20 de Outubro de 2025 às 17:13