Igreja de raiz românica, de cujo período e estilo subsiste apenas a capela-mor abobadada. Esta apresenta uma decoração com uma qualidade fora do comum para a região.
De facto, pode ser estabelecida uma comparação entre a ornamentação dos capitéis do arco triunfal, compostos por motivos vegetalistas e fitomórficos, com os da Igreja do Mosteiro de Ferreira (Paços de Ferreira).
Na capela cruzam-se várias influências, umas provenientes dos edifícios construídos na margem esquerda do rio Minho, com influência do estaleiro da Sé de Tui; outras oriundas do românico do eixo Braga-Rates, que teve maior impacto nas bacias do Tâmega e do Douro. Os testemunhos existentes levam-nos ao segundo quartel do século XIII. No exterior é possível observar ainda os contrafortes que sustentam a abóbada de berço, já quebrada.
Nas suas fachadas laterais, as cornijas são sustentadas por cachorros, de decoração geométrica, e entre os quais destacamos um pipo, o motivo dos rolos ou uma composição feita com volutas.
A nave da Igreja resulta de uma reconstrução realizada na década de 1970 e que pode até ter aproveitado parte da primitiva construção românica.
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Crédito imagens: Rota do Românico
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Conteúdo atualizado em 28 de Setembro de 2022 às 12:48